sexta-feira, 4 de novembro de 2011

ODF - Formatos de arquivos para aplicações de escritório

Aqui temos a transcrição publicada no site da Comunidade Linux de Indaiatuba, uma descrição bem pedagógica do que é o formato ODF e suas aplicações. Com certeza, vale a pena conferir.

O OpenDocument Format  (ODF) é um conjunto de formatos de arquivos para aplicações de escritório (edição de texto, planilhas, apresentações de slides, banco de dados, manipulação de imagens, entre outros) desenvolvido com a proposta de oferecer um padrão aberto que pode ser adotado por qualquer pessoa ou instituição. Dessa forma, a distribuição de documentos nesses formatos se torna muito mais prática, já que basta a utilização de programas compatíveis, independente de sistema operacional ou plataforma.

Ao ouvir a pergunta "o que é OpenDocument Format?" ou simplesmente "o que é ODF?" um conhecedor do assunto pode apenas responder "é o formato dos arquivos do OpenOffice.org ou do LibreOffice”. A resposta não está errada, mas está incompleta: a ideia é a de que o ODF seja suportado pelos mais diversos aplicativos, não se limitando a um ou a outro.

Como já dito, o ODF tem como foco aplicações para escritório, isto é, editores de texto, planilhas de cálculo, apresentações de slides, bancos de dados, manipuladores de imagens, enfim. Assim, é conveniente conhecer os tipos de arquivos que formam o ODF. Para isso, a relação abaixo associa o tipo de aplicação à extensão usada:

Extensão Aplicação
.odt Texto
.ods Planilha de cálculo
.odp Apresentação de slides
.odb Banco de dados
.odf Fórmula matemática
.odg Gráfico
.odi Imagem

Há também extensões específicas para templates, isto é, documentos que servem como modelos:

Extensão Aplicação
.ott Texto
.ots Planilha de cálculo
.otp Apresentação de slides
.otg Gráfico

Razões para usar o ODF

OpenOffice.org: gratuito e disponível para diversos sistemas operacionais, já suporta ODF
A adoção de padrões abertos tem muitas vantagens, do contrário, organizações como a OASIS não existiriam. Imagine, por exemplo, que autoridades de um país têm dificuldades em transmitir documentos ao governo de outra nação porque este utiliza formatos diferentes. Oras, basta que ambos os lados utilize o Microsoft Office, não? Mas não é bem assim.

O Microsoft Office (MS-Office) é um produto de excelente qualidade e conta com recursos inexistentes em outras suítes de escritórios, no entanto, é um pacote pago. Isso significa que, dependendo da instituição, o preço das licenças para cada computador pode ser elevado. Além disso, por se tratar de um produto proprietário e de código-fonte fechado, desenvolvedores de outras suítes de escritório acabam enfrentando dificuldades para criar programas compatíveis com os formatos da Microsoft.

Por outro lado, com a utilização de formatos aberto, isto é, formatos onde o código-fonte está disponível para qualquer pessoa ou entidade, os desenvolvedores conseguem saber facilmente o que fazer para que seus softwares sejam compatíveis com o padrão. Com isso, os documentos sempre se comportarão da mesma forma (ou pelo menos quase), independente do aplicativo usado para manipulá-lo.

Além disso, o padrão aberto possibilita resultados de maior qualidade, já que um número maior de entidades participa de seu desenvolvimento, aumentando os critérios de avaliação, implementação de recursos e segurança. Isso ocorre porque as instituições envolvidas querem melhor desempenho, comunicação mais eficiente, maior proteção e uso inteligente de recursos computacionais. É difícil assegurar isso quando apenas uma empresa cuida de tudo.

Softwares compatíveis com ODF
O número de softwares compatíveis com OpenDocument é cada vez maior. Isso é muito positivo, pois quanto mais um padrão for conhecido, mais compatibilidade ele encontrará no mercado. A lista a seguir mostra os principais softwares que trabalham com ODF, mesmo que parcialmente. Uma lista completa e atualizada pode ser acessada neste link, da Wikipedia:

Programas de escritório:

- LibreOffice;
- OpenOffice.org;
- Abiword;
- StarOffice;
- KOffice;
- IBM Lotus Symphony;
- Microsoft Office 2007 e 2010 (com ressalvas).

Aplicativos on-line:

- Google Docs;
- ZOHO;
- Adobe Buzzword (suporte limitado).

Outros:

:: phpMyAdmin (exporta em formato .odt);
:: Copernic (capaz de indexar arquivos ODF nas pesquisas).

Finalizando
O OpenDocument Format ainda é um incógnita à grande maioria dos usuários "comuns", mas sua adoção cresce em várias partes do mundo, especialmente nos meios corporativos e governamentais. No Brasil, por exemplo, o ODF já conta inclusive com aprovação da ABNT, que aconteceu em 2008 (norma NBR ISO/IEC 26300). Além disso, o desenvolvimento do padrão não para: o ODF está dividido em versões como 1.0, 1.1 e 1.2. Isso indica que há toda uma preocupação em melhorar os formatos do ODF, assim como em torná-lo adequado às mais diversas aplicações.

Como se percebe, não é o desejo de derrubar um padrão proprietário que motiva a existência do ODF, mas sim a necessidade de interoperabilidade e compatibilidade na manipulação e distribuição de documentos. É claro que esse não é um trabalho fácil: além de convencer usuários, o ODF também precisa lidar com propostas concorrentes, mais precisamente com o Office Open XML (OOXML), conjunto de padrões proposto pela Microsoft. Embora seja possível a ambos "conviver pacificamente", é inegável que há conflitos de interesses entre os dois lados.

O texto acima é um resumo do artigo "OpenDocument Format (ODF)" de Emerson Alecrim - Publicado em 11/09/2006 - Atualizado em 10/02/2011. O texto completo e os links você encontra na página: http://www.infowester.com/odf.php.

[referência: InfoWester]

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