quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Instalação do phpPgAdmin - Xubuntu 14.04

Existe uma falha na instalação do phpPgAdmin que pode parecer estranha, mas conhecendo o Linux na verdade não é.

O phpPgAdmin é um software escrito em php (para rodá-lo é lógico você deve ter um servidor web com suporte a php - normalmente Apache+PHP) que está disponível nos repositórios do Xubuntu, entretanto, na hora de instalá-lo, pelo menos no Xubuntu 14.04.1, os arquivos são jogados no lugar errado. Mas que no fundo é o lugar certo... Vou explicar.

Quando você usa o comando de instalação de um programa qualquer:

apt-get install programa

no Xubuntu, ele sabe onde jogar cada parte do programa e uma parte essencial do phpPgAdmin é instalado em /usr/share/phpPgAdmin entretanto, para rodar no Apache os arquivos deveriam ser instalados em:

/var/www/html

Em princípio um sujeito desavisado poderia achar isto um erro no Linux, mas ele, por padrão coloca tudo nos seus devidos lugares e como o sistema pensa que o phpPgAdmin é um programa, simples ele coloca os arquivos no lugar "certo".

A solução é simplesmente copiar ou mover a pasta phpPgAdmin do /usr para a pasta /var/www/html.

Pronto, seu phpPgAdmin vai funcionar.

Simples... Linux...

domingo, 14 de setembro de 2014

Um bom Sistema Operacional deve ter... Comparação entre Windows e Linux.

Vamos ver quais os requisitos de um bom SO:
  1. Deve atender todos os requisitos de acesso aos dispositivos do seu computador de modo plug-and-play, ou seja, transparente ao usuário.
  2. Deve prover ao usuário um mix de aplicações básicas onde deve ser possível editar textos de formatos dos mais simples aos mais usados, criar planilhas, apresentações multimídia e prover acesso a pelo menos um banco de dados simples com os quais o usuário possa compartilhar e que outros usuários possam também se utilizar dos arquivos sem ônus ou custos.
  3. Deve também prover pelo menos uma aplicação de edição de imagens de qualidade.
  4. O usuário deve ter acesso simples e seguro à internet pelo menos ao ambiente web (http)
  5. O SO deve ser seguro, possuir firewall e ferramentas que deixem o usuário confortável ao acessar sistemas remotos.
  6. O SO deve ter pelo menos um ambiente gráfico de utilização fácil e personalizável, para que o usuário se sinta seguro e confortável ao utilizá-lo.
  7. Além de ferramentas simples, o sistema deve ter um suporte eficiente e uma fonte confiável de programas que sejam "tutelados" pelo desenvolvedor, a fim de permitir ao usuário o download e instalação simples, segura e sem riscos.
  8. Finalmente o sistema deve ter um preço acessível que permita a inclusão digital de quaisquer usuários ou empresas sem maiores problemas.
Agora vamos pensar um pouco item por item:

1. Windows:  Se não tiver os drivers corretos é possível que nunca consiga acessar todos os seus recursos de hardware.
1. Linux: Reconhece todo o hardware sempre.

2. Windows: No máximo, possui um bloco de notas. NÃO possui pacote office. deve ser comprado separadamente.
2. Linux: Já vem com todas as aplicações e a maioria das distribuições atuais já vem com o Libreoffice instalado por padrão.

3. Windows: Paint é no máximo um programinha para desenho... De nada serve no tratamento de imagens.
3. Linux: A maioria das distribuições mais usadas já vem com o GIMP instalado, que é considerado o Photoshop do Linux. Trata, edita, filtra, enfim tem centenas de recursos simples e profissionais para que o usuário trate suas fotos como bem entender.

4. Windows: Internet Explorer - Aclamado como o mais inseguro de todos os browsers disponíveis, completamente aberto a invasões, vírus, malwares e outros.
4. Linux: Com uma imensa variedade de browsers disponíveis, na maioria das distribuições vemos a utilização do Mozilla Firefox, considerado o mais seguro de todos os que estão disponíveis. 

5. Windows: Possui o "Firewall do Windows" cujo principal "backdoor" permite a inutilização do sistema caso o usuário não o tenha registrado ou mesmo que tenha sido enganado e tenha levado software pirata para casa. Isso quando não o fez intencionalmente.

5. Linux: Possui as mais diversas e seguras opções de firewall que existem, sendo que em sua grande maioria, simplesmente indisponibilizam todos os serviços disponíveis do sistema até que o usuário administrador o libere explicitamente. 

6. Windows: Somente uma interface gráfica para qualquer usuário não permitindo grande personalização além de mudança de alguns temas e cores.

6. Linux: Possui algumas dezenas de ambientes gráficos com centenas de possibilidades de alterações visuais das mais diversas para cada uma delas. A personalização do ambiente pode ser tal que dois usuários que utilizem rigorosamente a mesma interface gráfica podem ser possuidores de ambientes gráficos completamente distintos.

7. Windows: não possui. Qualquer desenvolvedor pode criar seus programas e disponibilizá-los seja para download ou para venda sem qualquer suporte da Microsoft e seu conteúdo pode ser de qualquer natureza, sem nenhuma garantia de compatibilidade.

7. A grande maioria das distribuições possui algum repositório de programas homologados e mantidos garantindo seu funcionamento, disponibilidade, compatibilidade e segurança.

8. Windows: Deve ser comprado em lojas cada cópia NÃO É SUA, você compra apenas a licença de uso que pode ser revogada e tem um tempo após o qual sua licença simplesmente é revogada. Quando vem instalado em um computador novo, seu preço é imbutido no produto e de uma forma ou de outra nunca é mais barato que R$200,00. Sem contar com o preço de qualquer outro software necessário depois da sua instalação.

8. Linux: Normalmente pode ser adquirido gratuitamente na maioria das melhores distribuições, sendo apenas algumas poucas vendidas, normalmente voltadas para uso em servidores para empresas/negócios. É livre, os seus usuários são encorajados a distribuí-lo gratuitamente para amigos e afins, em qualquer mídia que seja possível.


Pense um pouco...
Tem certeza que o seu Windows é tão bom quanto se auto-proclama?

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Seja Livre, Use Linux.

Excluindo o Usuário Convidado do menu do Lightdm - Xubuntu 14.04

Existem muitos posts por aí falando de como excluir o usuário convidado no Ubuntu, mas nenhum fala que algumas coisas foram alteradas no Xubuntu 14.04.1 e posteriores.

Quem como eu, gosta de ser alternativo e usa o Xubuntu por que é leve, bonito e tão poderoso quanto qualquer Linux ou seus irmãos do Ubuntu, também merece o respeito de que as diferenças sejam postas em questão.

Então lá vai:

  1.  Primeiro, não procure um /etc/lightdm/lightdm.conf no Xubuntu o arquivo é o /etc/lightdm.conf.d e acredito que vire o padrão para as próximas versões. Edite-o usando o seu bloco de anotações preferido, no meu caso o geany:   sudo geany /etc/lightdm.conf.d (lembrando que para fazer a alteração deve ser o usuário administrador ou root).
  2. Acrescente ao final do arquivo a seguinte linha: allow-guest=false , salve o arquivo.
  3. Agora, abra um terminal de texto com CTRL+ALT+F1 (evita o travamento da interface) e novamente como root utilize o comando: sudo service lightdm stop  && sudo service lightdm start
Pronto agora não irá mais aparecer o usuário convidado ao iniciar a interface gráfica do seu belo Xubuntu.

Simples assim. E por que não seria não é mesmo, entretanto, vale lembrar: Esta dica é diferente do que você encontra por aí, afinal os desenvolvedores mudaram as coisas.

Seja livre, use Linux 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Linux: Montando partições automaticamente - FSTAB


Este é um post importante para quem faz boot duplo com o Linux e outro sistema (neste exemplo Windows), e o texto foi retirado do site Viva Linux, é uma maneira limpa e inteligente de não ter que ficar montando a partição do Windows toda vez que o sistema é iniciado, poupando tempo, trabalho e providenciando uma solução bem elegante para o problema.
Montando partições automaticamente: 
Esse artigo irá mostrar como montar partições automaticamente na inicialização do Linux, não sendo mais necessário ficar digitando "mount" toda vez que você quiser recuperar algum arquivo/programa em outra partição. Muito útil para quem usa sistema dual boot (Windows e Linux no mesmo computador).
Por: BlackHatThi em 25/08/2006

Entendendo o FSTAB

Quem usa Windows e Linux no mesmo computador (dual boot) com certeza já usou o comando mount para poder "enxergar" os arquivos do Windows no Linux. Com o passar do tempo fica muito cansativo ter que ficar digitando o mesmo comando toda vez que o Linux é iniciado. Seria muito bom se o sistema de arquivos fosse montado automaticamente na inicialização e com o arquivo fstab isso é possível.

O arquivo /etc/fstab é responsável pela entrada de partições e/ou dispositivos que possuam os sistemas de arquivos. Abaixo segue um exemplo do arquivo /etc/fstab:

# cat /etc/fstab

/dev/hda3     swap         swap       defauts                  0   0
/dev/hda2     /            reiserfs   defaults                 0   0
/dev/fd0      /mnt/floppy  auto       defaults,user,noauto     0   0
/dev/cdrom    /mnt/cdrom   iso9660    defaults,user,noauto,ro  0   0

É possível excluir ou adicionar partições e/ou dispositivos seguindo os seguintes significados das colunas:

1ª Coluna Especificação do arquivo do dispositivo que será montado.
2ª Coluna É o local (diretório) onde o dispositivo especificado na 1ª será montado.
3ª Coluna É o tipo de sistema sistema de arquivos.
  • ext2 - Sistema de arquivos do Linux;
  • ext3 - Sistema de arquivos journaling (ext2 + journaling);
  • reiserfs - Sistema de arquivos journaling do Linux;
  • msdos - Sistema de arquivos MS-DOS;
  • vfat - Sistema de arquivos Win9x;
  • ntfs - Sistema de arquivos Win2k, XP;
  • iso9660 - Sistema de arquivos do CD-ROM;
  • auto - Detecta o tipo de sistema automaticamente.

4ª Coluna São as opções para montar os dispositivos.
  • defaults - Montagem padrão para o dispositivo;
  • exec - Permite que programas sejam executados a partir do do dispositivo;
  • noexec - Nega que programas sejam executados;
  • auto - Monta o dispositivo automaticamente na inicialização;
  • noauto - O dispositivo deve ser especificado para a montagem;
  • user - Permite que qualquer usuário monte o dispositivo;
  • nouser - Não permite que usuários comuns montem o dispositivo;
  • rw - Permissão de leitura e gravação para o dispositivo;
  • ro - Permissão somente leitura para o dispositivo.

5ª Coluna Dump para o dispositivo.
  • 0 - Não faz dump;
  • 1 - Faz dump.

6ª Coluna Verificação e reparo do dispositivo.
  • 0 - Não faz a verificação e reparo.
  • 1 - Faz a verificação e reparo.

Montando os dispositivos

Vamos imaginar o seguinte cenário: você tem o Windows e o Linux instalados no seu HD de 40GB, teoricamente você teria 3 partições: 1 ntfs ou fat para Windows, 1 ext2, ext3 etc e 1 swap, ambas para o Linux. E se quisermos montar a partição Windows no Linux automaticamente toda vez que ele for iniciado?

Primeiro crie um diretório que será usado para montar o dispositivo:

# mkdir /mnt/windows

Agora acrescente a seguinte linha no /etc/fstab:

mount /dev/hda1  /mnt/windows    ntfs   defaults,user,auto    0  0

Essa linha monta o conteúdo do hda1 (c:) dentro do diretório /mnt/windows automaticamente, que pode montado/desmontado por qualquer usuário do sistema. Detalhe: quando o tipo de partição for ntfs, será necessário colocar o rw na 4ª coluna, caso contrário você não poderá criar ou excluir arquivos e/ou pastas. Ex:

mount /dev/hda1    /mnt/windows    ntfs    defaults,user.rw,auto    0    0

Bom pessoal, é isso, eu poderia fazer vários outros exemplos, porém seguindo a tabela das colunas, qualquer pessoa poderá criar as suas variadas opções de montagem.

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Um exemplo, no /etc/fstab do meu notebook, as duas últimas linhas ficaram assim:

# # # # Linhas adicionais para montagem automática de partições NTFS: # # # #
/dev/sda1               /media/Windir               ntfs    defaults        0 0


É isso...
Seja Livre! Use GNU/Linux